Indisciplina e agressividade

Nelson Bandeira

  • Novembro 24, 2013 (JORNAL O PROGRESSO)

Passou-se a observar o que ocorre em salas de aulas nos colégios públicos e, especialmente, nos particulares. É de causar arrepios. Alunos na faixa etária de ensinos infantil e fundamental para adolescentes extrapolam os limites mais sagrados do aprendizado escolar.
Em um passado não tão distante, as famílias tinham sobre si o domínio dos filhos, que caracterizava o respeito mútuo do menor com os pais, os avós, tios, etc.
Consequentemente, selava-se o respeito, a disciplina dos filhos para com os pais; as famílias, as igrejas, eram o carro-chefe de condução e monitoramento nesse processo de formação. Qualquer deslize comportamental da criança e dos adolescentes, eram submetidos às suas devidas ações corretivas.
Gerando, assim, um paradigma de tratamento muito conceituado e respeitoso no lugar aonde ele estivesse. Sem obrigação do superior hierárquico de estar chamando a atenção para tal procedimento, que viesse ocorrer da forma que não foi ensinada.
Hoje, a indisciplina e a agressividade nas salas de aulas são de praxe e costumeiramente incorrigíveis, trazendo como pano de fundo o descompromisso dos pais, fazendo de conta que quem deve dar educação aos seus filhos é a escola.
Cauterizando dessa forma um engano pernicioso, porque a escola tem o poder de ensinar, e não educá-los disciplinarmente. O professor é um agente de comunicação.
Literalmente, a educação comportamental é de inteira responsabilidade da família. Ela tem o dever de se certificar desse compromisso com seu subordinado estudante.
Com o advento da modernidade, tecnologia de ponta, permissiva muitas vezes, os pais perderam a condução dos filhos na sua preparação para o futuro, dando-lhes celulares, tablets, notebooks, ferramentas essas disponibilizadas nas suas próprias mãos.
O contrassenso de tudo é que o filho não aprende nada ou aprende pouco porque está navegando no mundo virtual, ancorado pelos apoios dos pais, com investimento incerto para uma causa nobre (estudar), não sendo fiscalizados como deveriam ser pelos seus genitores. No final, ainda têm o desplante de perjurar contra a escola pelo mau aprendizado do filho.
A escola é uma organização humana em que as pessoas somam esforços para um propósito educativo comum.
Algo tem que ser feito e com urgência, porque a indisciplina tornou-se um “obstáculo” no trabalho pedagógico e os professores estão desgastados e já não sabem mais o que fazer.
Fica a pergunta para os pais responderem: “O que o professor pode fazer para ter controle perante situações de indisciplina dos filhos?”.
As respostas estão com vocês!

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