O ANTAGONISMO DA QUINZE…

10/06/2017 10h30 – Atualizado em 12/06/2017 19h34 Edição Nº 15900

O antagonismo da Quinze…

 Nelson Bandeira

 

Ó que saudade da antiga Rua 15 de Novembro. Depois de bloqueteada com todos os requisitos recomendados e executados por uma empresa de credibilidade que ainda presa muito pelo que faz – ficou muito atraente por sinal.

É somente a saudade como era antes. A primeira avenida (século XIX) era chamada de Rua Grande – mais tarde Rua de Dentro – em alusão à Proclamação da República em 1889 ficou conhecida como a Rua 15 de Novembro, concernente ao movimento republicano.

Sempre sofrida pelo antagonismo desde 2002, quando sofreu o desmembramento para dar nomes às ruas Frei Manoel Procópio e Teresa Cristina. Mas, sempre, referenciada pela história como 15 de Novembro.

Categoricamente, a rua mais ampla, mais arborizada e repleta de contos e curiosidades… não acumula água pluvial.

Preservar – não destruir – conservar, salvar… seria este o papel da população, especialmente do poder público, que por via de cegueiras deixaram que a CAEMA a tornasse toda irregular.

Os serviços por ela executados ficaram em vários pontos desnivelados e a prefeitura no lugar de mandar repor com o mesmo material (blocos Uni-Stein) não.

Passaram foi massa asfáltica de péssima qualidade, tirando e estragando a belezura da vistosa avenida como “cartão” de visita de Imperatriz.

Hoje se observa a olho nu meios-fios dos canteiros danificados; as árvores podadas ilegalmente; o município deve ter paisagista de gabinete, não acompanha e tão pouco orienta os cortadores de árvores.

Sempre tenho confessado que a nossa cidade não tem tradição nem de Santo. Faça-se um calculo quando a coisa é preservação do patrimônio público.

Na concepção ampla: é o conjunto de bens, artístico, estético, histórico e econômico, pertencente ao povo.

Ei! Poder público…? Dê-se uma chance de ser diferente…! Seria tão divergente se os sonhos de que a gente gosta não terminassem tão de repente?

A 15 de Novembro conclama e deve ser observada por todos os agentes públicos, a sua restauração deve ser com o mesmo material que foi feito na sua construção inicial… menos isso. É questão de bom senso.

Lendas, ritos, usos, costumes não fizeram e talvez nunca façam parte do planejamento urbanístico das desastrosas administrações que campearam e campeiam livremente com a segurança de que não serão cobrados… meio ambiente? Quá-quá-quá!

Todos percebem da traição do cérebro – ah, o povo é desligado, não presta atenção a nada… para eles tanto faz como tanto fez… essa é a ênfase dos que governam esse torrão dilacerado pelo tempo.

Por certo, expor as circunstâncias ao redor do fato não surta efeitos e tão pouco tem interesses em lê-los. Mas a opinião crítica fica escrita para a posteridade enquanto a oralidade das palavras voa sem destinos e sem volta.

O importante é que no final das contas a mensagem foi dita, e o que se espera que o poder constituído que emana do povo tenha a coragem de pelo menos revitalizar sua principal AVENIDA como herança e narrativa que Imperatriz mereça.

Como a esperança requer certa perseverança – não custa nada esperar… para dar-se o nome ao grande feitor.

Ei? A esperança está cansada… é muito tempo perdido… já não há tempo!

Que as folhas do outono tragam bons fluidos… espere em PAZ.

Aleluia, aleluia de um bom domingo.

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