SERÁ QUAL A DIFERENÇA?

Nelson Bandeira

Na época de adolescência, tínhamos o esporte como agregador da vitalidade por sermos jovens; civilidade, formação da personalidade, atributos esses que representam a vontade participativa, competitiva, com solidariedade humana, respeito ao adversário.
Naqueles bons tempos, existia um celeiro de craques de futebol na cidade, retratando: Marcosa, Antônio da Concreto, Orlando, Cleto, Itapoã, Plácido, Henrique, Parazinho, Waldir, João Cachorrinha e tantos outros que faziam a galera vibrar, especialmente no encontro Renner e Imperatriz.
Nos arredores de Imperatriz, de Carolina até Marabá,  quem cantava de galo eram essas duas forças do futebol da região tocantina, e mais tarde o GBS (Ginásio Bernardo Sayão), outro orgulho para a classe estudantil, que disputava as contendas palmo a palmo com os considerados grandes.
Jogamos com o CEUB de Brasília (DF), num torneio realizado aqui com a participação de Marabá, Tocantinópolis e o resultado não deu outro. Renner na cabeça e Imperatriz vice.
Ninguém recebia nada em dinheiro não, tudo era feito por motivação em praticar por amor, primando simplesmente, de natureza esportiva, sem qualquer vínculo de profissionalismo.
Quando questionamos qual é a diferença do futebol praticado no passado e hoje?
Quando se trata de profissionalismo, significa dizer que esse alguém exerce suas atividades corretas e bem planejadas. Tudo no esporte daqui, o que nos parece, é que está faltando muito, ou seja, competência de equipe para trazer resultados positivos.
Se a equipe base que representa o futebol de Imperatriz não tiver um planejamento fecundo, promovendo atletas das escolinhas, investindo num educador físico e técnico de nome, não se vai a lugar nenhum.
Ninguém promove ninguém. Preferem buscar colchas de retalhos no mercado de prateleira, lá fora, simplesmente para endividar mais ainda a situação que talvez seja péssima e oriunda do próprio nascedouro.
Estádio tem e torcedores fanáticos também, infelizmente, não se tem o principal que são os bons resultados que a perspectiva ansiosa da sociedade esportiva da cidade espera.
Sempre se convive com o resultado de péia e mais péia; a saída é despachar todos esses profissionais… E com certeza, nas cercanias de Imperatriz tem mais de mil atletas praticando futebol, por prazer, com um futuro incerto e não sabido… Faça uma triagem bem escolhida, tire 30 jogadores, prepare-os que brevemente trarão bons resultados e com preço irrisório para agremiação.
Agora explicar a estória mal contada na derrota! Sempre tem uma desculpa esfarrapada. Né???
Como bem salientou Neném Prancha: “Futebol moderno é que nem pelada. Todo mundo corre e ninguém sabe para onde”.

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